Você sabia que é possível expressar, identificar e refletir sobre emoções a partir de elementos da arte?
O contato com a arte é um caminho possível para expressão de subjetividades. E sabe quem tem tuuuuudo a ver com isso? Ele mesmo: o sistema límbico! Este sistema (também conhecido como cérebro emocional) funciona como um conjunto de estruturas localizadas no cérebro de mamíferos, logo abaixo do córtex e ele é o responsável por todas as respostas emocionais. Quando produzimos arte, ou vamos ao museu, teatro ou cinema, o fluxo sanguíneo aumenta significativamente nesta área cerebral, gerando aumento da cognição, da autoestima, prazer, liberação de várias substâncias positivas e possibilitando o exercício de autoconhecimento e inteligência emocional.
Nas aulas de OPEE buscamos trabalhar a inteligência emocional de maneira leve. A arte costuma fazer parte desta prática, já que o processo criativo impulsiona o contato com “sentimentos guardados” e a prática permite e fiscalização destes sentimentos e até a ressignificação.
Os alunos do FUND II fizeram um caminho criativo para reconhecimento de alguns sentimentos e emoções.
A primeira etapa desta vivência foi inspirada em uma experiência muito enriquecedora de arteterapia vivida por mim e pela nossa coordenadora, a Natalia, ou Nati, como ela prefere ser chamada. Com aquarela e folhas de papel em mãos, as crianças produziram manchas aleatórias. A ideia era mesmo que nesta etapa não tivessem significado específico.
Depois com as manchas já secas, era necessário que visualizassem as manchas de todos os ângulos possíveis, com o papel de ponta cabeça, de um lado, do outro, até que fosse possível identificar um monstro-emoção. Com os monstros visualizados, as crianças foram convidadas a adicionarem humanidade aos monstros, usando apenas uma caneta preta. Eis que as manchas ganharam olhos, bocas, braços, pernas, garras, dentes e até cabelinhos peculiares.
Ao fim desta aula, as crianças deram nomes aos monstros e identificaram emoções em cada um deles.
Na aula posterior, as crianças refletiram sobre o monstro-emoção que mais precisava ser trabalhado em cada uma delas, a partir de perguntas disparadoras, como: Qual sentimento você tem mais dificuldade em expressar? Ou qual sentimento ou emoção você percebe que mais precisa ser trabalhado em você?
Então, utilizando massa, os alunos tiraram seus monstros do papel e trouxeram a eles tridimensionalidade, após modelar seu monstro-emoção, os alunos escreveram dicas de como trabalhar as emoções e os sentimentos identificados.
Vamos conferir?