“O nome próprio será um referencial importantíssimo para a leitura e escrita de outros textos e é o professor que propõe às crianças recorrer a essas fontes de informação para que resolvam um problema”, diz Diana Grunfeld, especialista em didática da alfabetização e membro da equipe de coordenação da Rede Latino-americana de Alfabetização.
Todo dia, após os cantos de brincadeiras fazemos algumas rodas, uma delas é a roda de nomes. Nesta roda, trabalhamos com os nomes, para que eles se apropriem do nome, tanto próprio como dos colegas, e até mesmo de outras salas. Uma das maneiras que fazemos é “esconder” parte do nome, e eles devem descobrir de quem é. Os pequenos sempre prestam muita atenção querem acertar o nome escondido.
Nesta roda o nome escolhido foi de uma colega da turma da manhã, Luiza. Enquanto ia mostrando algumas letras, os pequenos iam dizendo as possibilidades. Ao mostrar a letra “I”, o Victor dizia que era seu nome. O “L” inicial fazia com que mudassem de ideia dizendo que podia ser o nome da “Layla” ou do “Luiz Miguel”. Ao mostrar a letra “Z”, o Luiz Miguel deu certeza que era seu nome, os colegas o apoiaram na resposta. Por fim, mostrei a letra “A” do final. Então surgiu o grande conflito. O Luiz dizia: essa letra não é do meu nome. Ao final mostro o nome sem cobrir nenhuma parte e pergunto de quem é aquele nome? Eles olham, pensam, o próprio Luiz diz: “É meu nome, mas não tem essa letra!” Li o nome. Eles perceberam que nomes podem ter as mesmas letras e serem parecidos. Começaram a inventar nomes com um mesmo prefixo, Laylo, Rafaelo, se divertindo com isso.
Educadora Lislie